data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: arquivo pessoal
O pintor Inácio dos Santos, 78 anos, filho de José dos Santos e Marçalina Silva dos Santos, falecidos, nasceu em Cacequi. Aos 18 anos, ele se mudou para Santa Maria para servir ao Exército e, após cumprir o serviço militar obrigatório, decidiu permanecer na cidade.
No centro do Estado, ele se dedicou à área da construção civil, onde aprendeu o ofício da pintura, atividade que exerceu por muitos anos.
Casou-se com Maria Judith, falecida em 2019, com quem permaneceu durante 50 anos, e teve os filhos Alex e Luis Evandro, que lhe deram cinco netos, Alissom, Guilherme, Erick, Luis Henrique e Indiélle, além da bisneta, Heloisa.
style="width: 100%;" data-filename="retriever">
Inácio gostava de falar na infância. Ele contava muito sobre os bons tempos em que andava de trem e que se orgulhava de ser filho de ferroviário. Na adolescência, ainda em Cacequi, trabalhava ajudando o cunhado Afonso, na balsa. Na juventude, já no Coração do Rio Grande, contribuiu com a construção da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), na parte da pintura de prédios.
Confira a coluna de Tânia Lopes na Revista Mix: Desfazendo contas
Apaixonado pela família, Inácio também amava o futebol. Era torcedor do Grêmio e se orgulhava muito de ter vivido nos tempos áureos do RioGrandense e do Guarani Atlântico, times de Santa Maria. Inácio chegou a formar o próprio time amador, nos anos de 1970, no Bairro Salgado Filho, chamado "Real Madri".
O tradicionalismo também corria em suas veias. Por vários anos, foi patrão no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Os Araganos. Além disso, não havia o que impedisse o pintor de acompanhar a Romaria e as missas pela manhã, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição, na Avenida Rio Branco.
style="width: 100%;" data-filename="retriever">
O filho "Vando", como Luis Evandro era chamado pelo pai, lembra que Inácio era sempre disposto a ajudar e que orientava os filhos em vários assuntos.
- Ele não mediu esforços para que os filhos estudassem, demonstrou força até os últimos dias de vida, e nos ensinou que o bom caráter é essencial. Agradeço sempre pelo pai que Deus me presenteou.
Ele será lembrado pelo jeito ativo e pelas convicções - conta Vando.
Confira a coluna de Luisa Neves na Revista Mix: O discurso de um líder
Para Alex, fica a saudade de um pai maravilhoso e de um avô que não deixava de dar atenção aos netos.
- Sou grato por tudo o que ele fez por nós. A neta e os netos o amavam imensamente e, com carinho, cuidaram dele até os últimos dias que viveu - acrescenta.
Nos últimos anos, Inácio passou a sofrer do Mal de Alzheimer. Ele morreu, em 4 de junho, devido a uma pneumonia, oito meses após o falecimento da mulher, Maria Judith. Ele foi sepultado, no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico Municipal de Santa Maria.